Aquecendo corações

Os animais já fazem parte das nossas vidas desde os tempos mais primórdios da humanidade. Essa conexão ancestral com os animais, pode implicar na interpretação de que estamos “fadados” a cuidar de nossos cachorros e gatos como homens das cavernas lidavam com lobos e mamutes. Mas apesar dessa base ancestral, nós evoluímos e mudamos de comportamento ao longo desses milhares de anos. Com o passar das décadas eles foram se tornando cada vez mais importantes para nós, sendo considerado muitas vezes, parte da família.
Nos anos 70, por exemplo, nem ração para animais era vendida e os bichinhos ficavam no quintal. Somente no fim dos anos 90 onde houve uma transformação social grande, aumento da renda brasileira, que os animais foram trazidos para dentro de casa, dividindo a cama e o sofá com toda a família. Isto desencadeou em um laço e uma proximidade emocional muito maior entre humano e animais. Algumas pessoas que não possuem filhos, passam todo amor para os animais, sendo extremamente recíproco ao dono.
Várias pesquisas já foram desenvolvidas que apontam os benefícios de manter os bichinhos por perto. Algumas até apontam que as pessoas que possuem bichos geralmente têm boa autoestima, tendem a estar em melhor forma física e são muito menos estressados. Além disso, cientistas japoneses detectaram que donos liberavam altas doses de oxitocina, o “hormônio do amor”, após brincarem com seus animais, ou mesmo após apenas olharem para seus bichos por um longo tempo.
Ou seja, temos muitos motivos para amá-los incondicionalmente. Além de fazermos o bem para eles, fazemos para nós mesmos. Muitas vezes podemos nem perceber o quão é importante ter um animal, talvez damos o real valor somente quando eles se vão. Mas o contato, o carinho, as brincadeiras e o sentimento de fidelidade, é o que nos apaixona todos os dias.
Atualmente não nos questionamos qual o motivo das pessoas serem tão apegadas aos animais, e sim o porque muitas não são. Afinal, qual é o animalzinho que não aquece um coração?